quinta-feira, 30 de maio de 2013

O Céu e a Terra


 
 

 

Todo o nosso percurso evolutivo está baseado numa premissa fundamental, pautada pela assimilação de tudo aquilo que aprendemos, que buscamos, ou vivenciamos.

Todo esse trabalho que de forma mais ou menos consciente vamos fomentando, e que é conhecido genericamente por “espiritualidade”, é tão só o revisitar os anais cósmicos, o vestir, de novo, a roupagem sagrada, dum humanitarismo integral, e integrativo, com o meio aonde viemos aprender a mais dura das provas, a sintonização com o TODO.

Nos últimos anos, e devido à necessidade premente de novas coordenadas dimensionais, a humanidade foi agraciada com imensas fontes de informação e sabedoria, que cumpriram plenamente a sua missão, no entanto, esta incomensurável dádiva ainda não foi totalmente compreendida.

No mar de sargaços (confusão) em que se debatem ainda tantos seres, apela-se à partidarização e à fomentação de grupos ou agrupamentos, contentores isolados e emparedados, que na sua estruturação se tornam naturalmente dependentes seja de um guia (guru) seja de normas e preceitos doutrinantes, ritualísticos, coadjuvados por um léxico de símbolos, aos quais se atribuem os mais variados poderes…

Sob uma outra e enganosa imagem, continua a velha desresponsabilização que se gere pela entrega do poder individual a algo, ou a outrem…tal qual se fez por séculos…

Cada Chama Humana é um microcosmos detentor de tudo, o que forma o macrocosmos. Em cada uma emerge, o que requer a sua intenção e escolha.

O Céu, é a implementação da descoberta do teor da consciência, é o cantarolar contínuo do refrão da música das esferas que advém com o despertar, e que nos diz que somos Um, é o salão dourado onde impera a harmonia e a luz é o nosso coração, pacificado.

Cada um de nós é arquitecto e construtor desse Olimpo almejado, tantas vezes indefinido, mas por todos procurado.

Meus queridos, nós não vamos a lado nenhum…o Céu existe! aqui, ali, e além…em cada gesto compassivo, em cada olhar de elevação, na palavra que conforta, na boa-vontade, no bem-querer, na plena e autêntica fraternidade.

O Universo na sua magna sabedoria, é equilíbrio em todos os vectores. O grau de desperticidade, não é dom ou vantagem, apenas, oportunidade de reequilíbrio cármico para quem mais dele precisa.

O céu, é também o som das vozes que nos falam e que vão deixando amorosos recados para, e citando o Mestre Nazareno, “quem tiver ouvidos que ouça”

 - Nós somos seres perfeitos, cujo desequilíbrio (doença) se gera como alerta da necessidade de mudança.

A sociedade actual está programada para a fomentação da doença, como consequência das condições de vida, mas também, como fonte de receita…

- Aos curadores: Cultuem a saúde, desintegrem a dependência, o culto à saúde só se pode enraizar por um teor consciencial de desprendimento, de sentido de missão.

A “profissionalização” das terapias da Alma é incompatível com a essência das mesmas.

Técnico e Terapeuta são funções e missões diferentes, lembrem que a designação de Terapeuta (no antigo grego) significa Iniciado, que por sua vez é um caminhante…aquele que abre caminho.

 - Aos filósofos com caudais de tantos saberes: fomentem o estudo, a experimentação, o auto-conhecimento, em ecumenismo pleno. Na sua essência, todos os saberes ancestrais são puros, e ramos da mesma árvore.

 - A todos os que reencontraram a sua génese, o seu Espírito, que a cada dia, se fundam nessa ligação pela integração do Eu em Nós. Lembramos que a missão, é a vivência pela experimentação no laboratório que se chama Terra.

 

Em qualquer lugar, profissão, a cada momento, pensamento, acção, na amizade, no amor, a honra do Espírito, do Deus em nós, deve ser sempre lembrada e preservada, porque a tarefa que por séculos vamos desenrolando, é trazer o Céu à Terra

 

“Paz na Terra, e no Céu aos Homens de Boa Vontade”

 

A.

 

 

 


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