“As
suas relações com o Espiritismo evoluíram de um agudo interesse e envolvimento
inicial para uma posterior rejeição. De início considerou essa prática como de
grande valor para a comprovação da existência do mundo invisível dos espíritos,
como base de sua luta contra o materialismo e cepticismo da Ciência. Como já se
viu, ela fundara uma sociedade espírita no Egipto, e nos Estados Unidos se
envolveu activamente com vários médiuns, produziu vários fenómenos e gerou acesa
polémica, mas finalmente acabou vendo este método como excessivamente passivo e
descontrolado, como um recurso limitado e pouco fiável para a investigação
profunda do mundo espiritual, e demasiado sujeito a manipulações, fraudes
voluntárias e equívocos involuntários. Preferiu voltar-se então para uma
disciplina rigorosa, ensinada pelos seus mestres, de treino da vontade e das
capacidades psíquicas, para que fossem postas sob o completo domínio da pessoa.
Assim, declarou:
"Que
o contacto com os espíritos e os fenómenos psíquicos, mesmo sendo um facto, não
tinham grande valor em si, e era infinitamente preferível o aperfeiçoamento
através do serviço altruísta que levasse finalmente a uma comunhão com os
verdadeiros mestres de sabedoria, e não uma prática de psiquismo vulgar de
contacto com os mortos comuns, que não possuem maior conhecimento ou poder, ou
com os vários tipos de espíritos da natureza cuja principal diversão é enganar
com seus poderes ilusionísticos e telepáticos os médiuns e a sua crédula
assistência, entidades que disse serem as principais responsáveis pelas
manifestações em sessões mediúnicas ordinárias, sendo raros os guias espirituais
que mereçam este nome”
Sem comentários:
Enviar um comentário