Ecumenismo
Em tempos de profundas mudanças, devemos perceber que diferentes posturas de vida, não
são sinónimo de deficiência espiritual, que pessoas cujos comportamentos ainda
nos chocam e abalam, são na realidade Seres que cumprem com a sua função de lapidadores de diamantes.
Lapidar um diamante é uma arte, em que através da acção agressiva e erosiva, se
põe a descoberto a faceta mais perfeita desse cristal, aquela que irradia mais
luz e perfeição.
De forma contínua, através dos nossos ciclos de
vida, vamos cruzando com esses Seres, que numa determinada intersecção de
espaço/tempo e da forma mais generosa e altruísta (porque inconsciente)
nos permitem dar um salto qualitativo na nossa expansão consciencial, são eles
os lapidadores dos nossos diamantes internos
Assim, aprendemos a reconhecer a escuridão em relação á
luz. A dualidade é o mar em que vamos vagando de vida em vida, numa finalidade
programada desde sempre, a da aceitação plena de tudo aquilo que é “diferente”
daquilo que barreiras limitativas nos impuseram.
Essa é meus amigos a finalidade de todo o nosso percurso
reencarnatório.
- Bodichitta = Compaixão ( Compreemder – Aceitar – Amar )
Por séculos e por tentativas, fomos aprimorando a
capacidade de reconhecer a faceta real daquilo que somos. Hoje, já na vivencia
plena destes Tempos de Mudança, o tempo urge, forças evolutivas abanam a nossa
estrutura, na tentativa de um despertar colectivo e abrangente.
Muitas são as formas de comunicação interdimensional, no
entanto a mais comum é a interacção do outro para connosco e de nós para com o
outro.
Nesse “outro” estão incluídas todas as formas de
vida e também o palpitar do coração vivo do planeta, da nossa Mãe Terra.
O respeito e a aceitação em plena igualdade de todas as
formas de vida, humana, ou não, é premente e fundamental na etapa do Caminho.
“ Amai Os Vossos Inimigos”, assim dizia Jesus, O Nazareno – retirando a
dramaticidade do conceito de inimigo que hoje já não faz sentido, restam-nos no
entanto, todos aqueles cuja missão é servir de espelho reflector das nossas
facetas ainda por lapidar.
O reconhecimento delas, ou dos seus vestígios, é aquilo
que nos incomoda no “outro”, porque essa vibração ainda ressoa em nós.
Seres que consideramos “inimigos” são os lapidadores, tal
como nós o somos de outros, numa determinada escala evolutiva.
Nessa perspectiva, cito uma querida amiga que nos diz:
“ O que te incomoda no outro é aquilo que eras numa vida
pretérita ou até em tempos idos da actual vida, a atitude, só pode ser de
incomensurável compaixão, porque te é dado ver algo, que conseguiste
ultrapassar”
Assim, tenhamos a capacidade de assimilar por completo
que:
- Não existe culpa, própria, ou alheia, existe sim
reconhecimento do percurso
- Que em diferentes graus evolutivos, todos estamos ao
serviço da Consciência Cósmica
- Que somos todos, ínfimas peças do Puzzle Divino
- Que a acção do “outro” é de somenos
importância, o que importa é a nossa re-acção
No palco da vida, todos os intervenientes são
actores principais, nos momentos mais simples do nosso dia-a-dia, vamos dando “a deixa” a outros,
para que cada um possa desenvolver e representar o seu papel da melhor forma
que a sua re-acção lho permitir.
Compaixão = Amor Incondicional seja o mote de
uma nova semana que se inicia.
A.
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