domingo, 29 de julho de 2012

Ecumenismo


Ecumenismo



Em tempos de profundas mudanças, devemos  perceber que diferentes posturas de vida, não são sinónimo de deficiência espiritual, que pessoas cujos comportamentos ainda nos chocam e abalam, são na realidade Seres que cumprem  com a sua função de lapidadores de diamantes. Lapidar um diamante é uma arte, em que através da acção agressiva e erosiva, se põe a descoberto a faceta mais perfeita desse cristal, aquela que irradia mais luz e perfeição.  

De forma contínua, através dos nossos ciclos de vida, vamos cruzando com esses Seres, que numa determinada intersecção de espaço/tempo e da forma mais generosa e altruísta (porque inconsciente) nos permitem dar um salto qualitativo na nossa expansão consciencial, são eles os lapidadores dos nossos diamantes internos

Assim, aprendemos a reconhecer a escuridão em relação á luz. A dualidade é o mar em que vamos vagando de vida em vida, numa finalidade programada desde sempre, a da aceitação plena de tudo aquilo que é “diferente” daquilo que barreiras limitativas nos impuseram.

Essa é meus amigos a finalidade de todo o nosso percurso reencarnatório.

- Bodichitta = Compaixão ( Compreemder – Aceitar – Amar )

Por séculos e por tentativas, fomos aprimorando a capacidade de reconhecer a faceta real daquilo que somos. Hoje, já na vivencia plena destes Tempos de Mudança, o tempo urge, forças evolutivas abanam a nossa estrutura, na tentativa de um despertar colectivo e abrangente.

Muitas são as formas de comunicação interdimensional, no entanto a mais comum é a interacção do outro para connosco e de nós para com o outro.

Nesse “outro” estão incluídas todas as formas de vida e também o palpitar do coração vivo do planeta, da nossa Mãe Terra.

O respeito e a aceitação em plena igualdade de todas as formas de vida, humana, ou não, é premente e fundamental na etapa do Caminho.

“ Amai Os Vossos Inimigos”, assim dizia Jesus, O Nazareno – retirando a dramaticidade do conceito de inimigo que hoje já não faz sentido, restam-nos no entanto, todos aqueles cuja missão é servir de espelho reflector das nossas facetas ainda por lapidar.

O reconhecimento delas, ou dos seus vestígios, é aquilo que nos incomoda no “outro”, porque essa vibração ainda ressoa em nós.

Seres que consideramos “inimigos” são os lapidadores, tal como nós o somos de outros, numa determinada escala evolutiva.

Nessa perspectiva, cito uma querida amiga que nos diz:



“ O que te incomoda no outro é aquilo que eras numa vida pretérita ou até em tempos idos da actual vida, a atitude, só pode ser de incomensurável compaixão, porque te é dado ver algo, que conseguiste ultrapassar”



Assim, tenhamos a capacidade de assimilar por completo que:

- Não existe culpa, própria, ou alheia, existe sim reconhecimento do percurso

- Que em diferentes graus evolutivos, todos estamos ao serviço da Consciência Cósmica

- Que somos todos, ínfimas peças do Puzzle Divino

- Que a acção do “outro” é de somenos importância, o que importa é a nossa re-acção

 

No palco da vida, todos os intervenientes são actores principais, nos momentos mais simples do nosso dia-a-dia, vamos dando “a deixa” a outros, para que cada um possa desenvolver e representar o seu papel da melhor forma que a sua re-acção lho permitir.

 

Compaixão = Amor Incondicional seja o mote de uma nova semana que se inicia.

 



A.

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