Amigos, companheiros de caminho:
Sabemos o quanto as condições que
grassam no ciclo temporal que estamos a viver, lançam as pessoas, cegamente, na
procura de equilíbrio, de respostas, de soluções às suas desarmonias, dores,
frustrações e sofrimentos.
Esta busca desenfreada e irreflectida
gera a oferta de “ guias e santeiros iluminados” que proliferam por todo lado.
Sugere-se cautela e reflexão…a via da
transposição dos degraus da nossa consciência, e consequentemente da obtenção
das condições de uma vida pacífica, harmoniosa, feliz, passa pelo auto - conhecimento
cujas ferramentas básicas são:
Estudo individual ou grupal – Leitura – Compreensão
de Quem Somos - Meditação – Práticas Altruístas
Esta é a receita/milagre para as transformações individuais, que por
sua vez se reflectem no colectivo e no planeta.
O Guia Supremo é o Ser Interno a quem damos voz pelo trabalho consciente de
cada dia, e que gradualmente abre as portas de acesso a dimensões onde habitam
as Entidades Superiores, que, em nenhuma circunstância, invadem corpos
ou mentes ou transferem sofrimento, mensagens ou energias de baixa vibração
aos seus canais!
Na postura eclética que nos é
habitual, enviamos de seguida um texto de Allan Kardec para o qual recomendamos
uma leitura ponderada.
Na Paz e na LUZ
A.
"Sabemos que os Espíritos estão longe de possuir a soberana ciência
e que se podem enganar; que, por vezes, emitem ideias próprias, justas ou
falsas; que os Espíritos superiores querem que o nosso julgamento se exercite
em discernir o verdadeiro do falso, aquilo que é racional daquilo que é
ilógico. É por isso que nada aceitamos de olhos fechados. Assim, não haveria
ensino proveitoso sem discussão. Mas, como discutir comunicações com médiuns
que não suportam a menor controvérsia, que se melindram com uma observação
crítica, com uma simples observação, e acham mal que não se aplaudam as coisas
que recebem, mesmo aquelas lançadas de grosseiras heresias científicas? Essa
pretensão estaria deslocada se o que escrevem fosse produto de sua
inteligência; é ridícula desde que eles não são mais que instrumentos passivos,
pois se assemelham a um actor que ficaria ofuscado, se nós achássemos maus os
versos que tem de declamar. Seu próprio Espírito não se pode chocar com uma
crítica que não o atinge; então é o próprio comunicante que se magoa e
transmite ao médium a sua impressão, o que faz com que muitas canalizações
percam credibilidade.
Por isto o Espírito trai a sua influência, porque quer impor as suas
ideias pela fé cega e não pelo raciocínio ou, o que dá no mesmo, porque só ele
quer raciocinar. Disso resulta que o médium que se acha com tais disposições
está sob o império de um Espírito que merece pouca confiança, desde que mostra
mais orgulho que saber. Assim, sabemos que os Espíritos dessa categoria
geralmente afastam seus médiuns dos centros onde não são aceitos sem reservas.
Esse capricho, em médiuns assim atingidos, é um grande obstáculo ao estudo. Se só buscássemos o efeito, isto seria sem importância; mas como buscamos a instrução, não podemos deixar de discutir, mesmo com o risco de desagradar aos médiuns. (...) Aos seus olhos, os obsedados são aqueles que não se inclinam diante de suas comunicações. Alguns levam a sua susceptibilidade a ponto de se formalizarem com a prioridade dada à leitura das comunicações recebidas por outros médiuns. Por que uma comunicação é preferida à sua? Compreende-se o mal-estar imposto por tal situação. Felizmente, no interesse da ciência espírita, nem todos são assim (...)".
Esse capricho, em médiuns assim atingidos, é um grande obstáculo ao estudo. Se só buscássemos o efeito, isto seria sem importância; mas como buscamos a instrução, não podemos deixar de discutir, mesmo com o risco de desagradar aos médiuns. (...) Aos seus olhos, os obsedados são aqueles que não se inclinam diante de suas comunicações. Alguns levam a sua susceptibilidade a ponto de se formalizarem com a prioridade dada à leitura das comunicações recebidas por outros médiuns. Por que uma comunicação é preferida à sua? Compreende-se o mal-estar imposto por tal situação. Felizmente, no interesse da ciência espírita, nem todos são assim (...)".
Devemos ter o bom
senso de analisar criteriosamente tudo o que venha dos Espíritos”
Allan Kardec
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