As
Funções do Cérebro e os dois Hemisférios
“Os nossos dois hemisférios
cerebrais cumprem funções distintas e complementares.
O hemisfério direito, desenvolve a
aspiração espiritual, a devoção, a fé, a contemplação e a criatividade
artística.
O hemisfério esquerdo, desenvolve a
elaboração mental, a capacidade de organização, a razão e a inteligência, mas
também, curiosamente, como fruto das minhas experiências espirituais, descobri
que é o lado que contém as células com a «memória» de Deus (é no núcleo das
células que se encontra o ADN; o código genético – o ADN encerra o segredo da
própria vida). Isto é, as células de certas áreas específicas do cérebro humano
estão impregnadas de caracteres, e dentre elas, há as que estão «cunhadas» com
a «lembrança de Deus». De facto, encontrando-se o lado esquerdo ligado à razão,
ao consciente, ao racional, é lógico que contenha essa impregnação, pois um
dia, quando o Ser se lembrar de Deus, ela constituirá uma certeza, baseada numa
razão inteligente, onde a dúvida não entrará, visto apresentar-se tão evidente,
tão racional que será uma realidade a Existência de Deus. Se estivesse do lado
direito, apenas seria uma intuição. Ora, com o lado mais racional do cérebro, o
hemisfério esquerdo, apresentar-se-á logicamente como real.
Todo o Ser humano nasce com o
cérebro impregnado de certos caracteres elementares, mas também específicos;
torna-se, porém, evidente que essa Memória de Deus só é possível obter
conscientemente, quando se fez já certa evolução espiritual, pela purificação
de pensamentos, emoções e acções. Quanto mais evoluído, maior é a absorção dessa
Memória (Presença de Deus) e como ela nos mostra a nossa filiação divina.
Constitui um ciclo, o caminho evolutivo espiritual, onde, numa inter-acção cada
vez maior com o Espírito (o Eu Superior), se faz a limpeza e purificação da
mente, que permite a esta área do cérebro desenvolver-se para se recordar de
Deus. Quanto mais ligados no Eu Superior, mais união com Deus.
Um cérebro humano apresenta uma
consciência rudimentar da própria matéria cerebral, mas a Consciência de si
mesmo vem através do Espírito. Desta forma, a Consciência está ligada ao
cérebro ou à mente, através da glândula pineal. Existem no cérebro célula
«luminosas» e áreas «silenciosas» que são estimuladas pelos aminoácidos, que se
produzem na pineal e vão beneficiar essas áreas.
Uma forma de activar essas células é
a Meditação, porque é no silêncio que se produz mais melatonina; e sendo um
acréscimo de fluído, vai ser usado para áreas que nunca o receberam, na medida
que raramente o ser humano produz o necessário para seu próprio uso diário. Assim
se diz que não usamos cinquenta por cento das nossas capacidades cerebrais ou
mentais.
Já Descartes era dualista. Tinha a
ideia que os estados mentais e o cérebro eram coisas diferentes. O cérebro, tal
como o corpo, é uma coisa física; tem extensão, porção e massa, e o Espírito,
não. Disse que havia uma substância muito pura, muito subtil, que interagia com
a substância física. Para ele, as transacções entre matéria e Espírito passam
pela glândula pineal. Hoje, a ciência já dá importância a este órgão!
O desenvolvimento do cérebro depende
das condições físicas, ao formar-se quando embrião, ao nascer e na educação de
infância, onde certos estímulos, como os culturais, sociais e religiosos,
ajudam a desenvolver certas áreas; e quando o cérebro tem um bom equilíbrio, a
alma pode usar com mais precisão o seu veículo. Na realidade, o cérebro em si,
em potência, é uma entidade pensante viva, ou seja, é uma máquina pronta a
funcionar, mas dependendo do Espírito, mesmo que este influencie ainda pouco.
Quando influencia pouco, é por causa de escassa evolução espiritual; nesse
caso, o Ser vive ainda de forma básica e rudimentar nas suas capacidades de
inteligência e Consciência. Há certas células que estão no cérebro e não são
estimuladas a não ser quando se atinge determinada maturidade (evolução
espiritual). Também se se sofre, por exemplo, uma lesão cerebral, a comunicação
entre Mente e Espírito, pode ficar interrompida ou deficiente.
Assim, podemos concluir que os
mecanismos do cérebro estão ao serviço do Espírito, e quanto mais perfeito ou
capaz, mais Iluminação.”
Maria Ferreira da Silva
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