segunda-feira, 25 de novembro de 2013

 

Meditação



  Infelizmente hoje em dia, desenvolvem-se médotodos de Meditação para relaxar, mas o verdadeiro objectivo da Meditação, na realidade é chegar ao estado de bem - aventurança que é o Samãdhi e , como consequência, o Conhecimento do Divino. ( Samãdhi é um dos estados a atingir, contudo, outros se seguem no caminho da iluminação).
A Meditação não se faz para relaxar, mas quem Medita relaxa....
Elaboram-se conceitos errados no Ocidente acerca da Meditação. Criam-se expectativas que acabam em frustrações e, assim, facilmente se desiste. É um conceito falso de que a Meditação é para relaxar; a Meditação é um acto religioso de ligação ao Divino. E só este propósito pode levar ao sucesso da prática e, consequentemente, a harmonia.

  A nobreza da Meditação está neste objectivo! 


 É pela Meditação que se desenvolve  especialmente a clareza do pensamento, aumentando as capacidades da inteligência , bem como auxilia a desbloquear os obstáculos mentais que , continuamente, sobrecarregamos com emoções exageradas e atitudes negativas de viver, tal o medo, a raiva, o ódio, etc....

« Uma das razões porque se requer a Meditação é a de permitir  às células cerebrais, ocuparem-se menos com o corpo e os seus mecanismos. A Meditação apazigua, ordena e conduz as células para os outros campos ou esferas do cérebro que nunca têm oportunidade de se manifestar , visto o ser humano estar sempre em acção e obrigar o cérebro a trabalhar constantemente no seu nível primário dos movimentos corporais».( Livro Tratado de Meditação).


O maior contributo para um cérebro saudável ( órgão físico suporte da mente) e consequentemente, uma mente equilibrada e cristalina é a prática da Meditação, que causa impulsos eléctricos nos circuitos neuronais, permitndo produzir as substâncias necessárias para a reorganização das células de forma natural, na produção de melatonina, assunto tratado no livro, O Silênçio.

Embora , razão e emoção sejam essenciais na vida humana, a mente, só fica pura e tranquila quando se liberta das tensões emocionais. A natureza emocional manifesta-se de uma forma espontânia sobrepondo-se à razão. Porém, a razão cultiva-se conforme a mente se purifica pela plena atenção ou disciplina.  As emoções sublimam-se pelo auto-domínio. O domínio de si, cria auto-consciência e, assim, se obtém a capacidade para reconhecer e identificar as próprias emoções evitando os obstáculos, onde se desenvolve melhor compreensão das causas dos sentimentos, bem como a diferença entre sentimentos e emoções . As emoções, se não forem sublimadas dando lugar a sentimentos elevados , acabam por ser um entrave à expansão de Consciência e à Harmonia, já que elas se instalam na mente e no coração , bloqueando.

Também pela Meditação se desenvolve melhor tolerância às frustações, melhor compreensão para os outros, menos impulsividade e menos solidão.

«Maria, Refleções Espirituais- Publicações Maitreya»


sexta-feira, 15 de novembro de 2013



                TOLERÂNCIA
 
Sem tolerância ninguém pode amar. Tolera os teus semelhantes, para que também eles tolerem os teus erros. Quem é perfeito? Cada um tem a sua maneira de ser, de pensar. Há erros que nos parecem virtudes e vice-versa.
     Mas repara, tolerar não é equiparares-te aos outros, nem aceitares o que eles são. Tolerância é uma pequena virtude. Se estudaste cada um dos teus semelhantes, se os compreendeste, deves tolerar-lhes as faltas, sem deixares, num rasgo de amor fraternal, de lhas fazer ver. Analiza com crítica construtiva e aceita os defeitos dos teus irmãos com paciência e compaixão. Ajuda a eliminá-los, se puderes. Procura para isso insinuar-te e com toda a calma e algum jeito, isto é com inteligência, desviá-los do mau caminho. Isto é amor.
   Sabes como se desvia um jovem dos vícios? Atraindo-o com alguma coisa que lhe agrade, prendendo-lhe a atenção, evitando a fuga para o mau caminho. O conselho nem sempre adianta. O exemplo é o melhor.
  O maior exemplo de tolerância foi-nos dado por esse Grande Mestre, Jesus. Ele perdoou aos que o traíram e à pecadora, mas pediu-lhe que não voltasse a pecar. "Quem não tiver pecado atire-lhe a primeira pedra!" Ninguém teve coragem para o fazer. Todos se acharam culpados. Com efeito assim é.
   Amando a liberdade, ensinou a não criticar os actos dos semelhantes. Para demonstrar tolerância contactou com saduceus, judeus, samaritanos, doutores e pescadores. Se todos pensássemos e compreendêssemos melhor os ensinamentos do Mestre seríamos mais tolerantes e compreensivos. Então o Mundo seria um paraíso.
     Ouvir os nossos inimigos é ter oportunidade de reconhecer nossos erros e podermos eliminá-los. Eles podem ser meros instrumentos para a nossa perfeição.
     Todos somos imperfeitos e por isso necessitamos da tolerância de Deus. E nem sempre sabemos tolerar o próximo. Exercitando a tolerância em nosso lar, profissão ou sociedade, será mais fácil identificar-nos com tamanha virtude.
     Tolerando e calando as injúrias do próximo, estamos a auxiliá-lo a reflectir na necessidade de se renovar espiritualmente.

                                                                                                      Maria da Conceição Nobre